arteterapia

O que é arteterapia

Criar é tão difícil ou tão fácil como viver.
E é do mesmo modo necessário ““.

Fayga Ostrower


          De modo resumido, pode-se dizer que a arteterapia é a terapia de cura através da arte. A arteterapia faz parte de um movimento denominado Terapias Expressivas, que designa a utilização de recursos artísticos em contextos terapêuticos, e inclui também a Bioenergética, a Biodança, a Gestalt-terapia, entre outras. A arteterapia utiliza as artes visuais.
Apesar de ser constituída como uma interface entre a arte e a psicologia, não se trata apenas de uma simples “fusão” destas duas áreas do conhecimento. Pressupõe que o processo do fazer artístico tem o potencial de cura quando o paciente é acompanhado por um arteterapeuta experiente, que com ele constrói uma relação que facilita a ampliação da consciência e do auto-conhecimento, o que possibilitaria mudanças.  A arteterapia é, porém, um campo de interface com especificidade própria.
 A formação em arteterapia, além das matérias de arte e psicologia necessárias, compreende também um corpo teórico e metodológico próprios, que abrange conhecimentos específicos da história, dos processos psicológicos gerados - tanto no decorrer da atividade artística, como na observação de trabalhos de arte - das relações entre processos criativos determinados por diferentes materiais e técnicas e dos fundamentos teóricos e metodológicos originados da própria vivência pessoal e da prática supervisionada.
 Segundo a American Association of Art Therapy (Associação Americana de Arteterapia), a arteterapia e sua prática são baseadas no conhecimento sobre o desenvolvimento humano e nas teorias psicológicas que, aliados ao desenvolvimento histórico da arte, possibilitam, em amplo espectro, modelos para o acesso e os tratamentos educacionais, terapêuticos, cognitivos, na resolução de problemas, na redução da ansiedade, na estimulação de uma auto-imagem positiva, etc. “Por meio do criar em arte e do refletir sobre os processos e trabalhos artísticos resultantes, pessoas podem ampliar o conhecimento de si e dos outros, aumentar sua auto-estima, lidar melhor com sintomas, estresse e experiências traumáticas, desenvolver recursos físicos, cognitivos e emocionais e desfrutar do prazer vitalizador do fazer artístico”.

Na década de 40, nos Estados Unidos, as consideradas precursoras da arteterapia, as duas irmãs Florence Cane e Margareth Naumburg, sistematizam a técnica, dando impulso ao uso das artes no processo terapêutico, com ênfase em trabalhos corporais, tendo em vista a emergência de um público diferenciado do pós-guerra, suprindo as práticas convencionais existentes. Nesta época, a arteterapia já estava sendo difundida na Europa nos hospitais gerais, em comitês e conferências, sendo oficializado o curso de graduação e pós-graduação em 1980.
 Muitos autores definem a Arteterapia através de conceitos semelhantes ao que diz respeito à auto-expressão. Segundo Jung, ”Arte é a expressão mais pura que há para a demonstração do inconsciente de cada um. É a liberdade de expressão, é sensibilidade, criatividade, é vida.”

A Arteterapia resgata o potencial criativo do homem, estimulando a autonomia e a transformação interna em busca da reestruturação do ser, pois é através da expressão artística que o indivíduo entra em contato, de forma direta, com o aspecto mais profundo do self.  Segundo Ângela Philippini, importante arteterapeuta brasileira, autora de livros como Para entender a Arteterapia: Cartografia da Coragem, “o objetivo da arteterapia, na visão junguiana, é o de apoiar e o de gerar instrumentos apropriados, para que a energia psíquica forme símbolos em variadas produções, o que ativa a comunicação entre o inconsciente e o consciente”.

       Diferentemente da psicanálise, que tem como base a verbalização, a arteterapia atua de forma mais direta, impedindo que eventuais interferências características da linguagem verbal, como a auto-repressão, atuem. Esta comunicação não verbal, através do fazer artístico, atua como ponte entre os aspectos conscientes e inconscientes do ser, aonde o consciente, o inconsciente individual e inconsciente coletivo, se integram, ativando a função trancendente a caminho da individuação, tendo o arteterapeuta como um papel importante de facilitador deste processo.







      Arteterapia: a interface Arte-Psicologia




“Não é suficiente explicar, em todos os casos, 
apenas o contexto conceitual do conteúdo de um sonho. 
Muitas vezes impõe-se a necessidade de esclarecer 
conteúdos obscuros, imprimindo-lhes uma forma visível. 
Pode-se fazer isto, desenhando-os, pintando-os ou modelando-os”.

Carl G.Jung



Antes da tecnologia, a arte já apresentava outras interfaces, como é o caso da medicina.  A medicina antroposófica, de Rudolf Steiner (1861-1925), inspira o nascimento de novas modalidades terapêuticas complementares à medicina tradicional, introduzindo a arte como elemento importante em tratamentos. Segundo Steiner o homem é considerado um ser espiritual constituído de alma e corpo vivo, onde, através dos elementos na terapia artística, pode vivenciar os arquétipos da criação, possibilitando um contato importante com a essência criadora de cada um. Já entre 1876 a 1906, a arte era utilizada por criminalistas e psiquiatras para diagnóstico de doenças mentais.
Tanto na arte como na psicologia, a imaginação criativa nos traz uma compreensão mais profunda do mundo.  O “pai da psicanálise” Sigmund Freud (1856 -1939), aponta a comunicação simbólica como função catártica.  Freud sempre se interessou pelo tema da arte, seguindo uma corrente expressivista, chega a desenvolver estudos nos quais ele interpreta obras de artistas: Leonardo da Vinci e uma lembrança de sua infância (1910) e Moisés de Michelangelo (1913), porém foi Jung que se aprofundou no universo da arte e da criação artística. Segundo Jung, a arte tem finalidade criativa, e a energia psíquica, através das imagens e da linguagem simbólica, é capaz de expor os conteúdos mais internos e profundos.
Na década de 1920, o psiquiatra Carl G Jung (1875-1961), então discípulo de Freud, começa a utilizar a arte como parte do tratamento psicoterápico. Contrariando Freud, que afirma que é no inconsciente, como a parte obscura da psique humana, onde se depositam as imagens, geradas pela própria experiência humana, por suas vivências, traumas, desejos e frustrações da libido, Jung ousadamente, afirma, que as imagens seriam geradas não apenas pelo consciente e inconsciente individual, mas também pelo inconsciente coletivo da humanidade que procede experiências ancestrais e universais e que se manifesta através da linguagem simbólica, de símbolos muitas vezes encontrados nas lendas e na mitologia, constituindo assim, os arquétipos.
O termo "arquétipo" segundo a concepção de Platão é usado para designar as idéias como modelos de todas as coisas existentes. Seguindo o pensamento platônico, Jung denomina de arquétipos os símbolos ou imagens primordiais da humanidade.
Segundo Jung, em sua obra O homem e seus símbolos, “o que chamamos de símbolo é um termo, um nome ou mesmo uma imagem que nos pode ser familiar na vida diária, embora possua conotações especiais além do seu significado evidente e convencional. Implica alguma coisa vaga, desconhecida ou oculta para nós.”A humanidade sempre fez uso de símbolos, que nos levam a uma identificação com algum conceito específico, muitas vezes estamos familiarizados com este conceito de significado, como é o caso da Cruz, outras vezes nossa limitação intelectual nos impede de interpretá-los,  por estarem fora do alcance da compreensão humana.
Estes símbolos nos chegam facilmente e inevitavelmente através dos estados de inconsciência, a exemplo dos sonhos. Nos sonhos, involuntariamente, nos chegam imagens. Algumas destas imagens pertencem ao inconsciente individual, porém, outras vezes, estas imagens nos são totalmente estranhas.
A interpretação de sonhos é aspecto importante na prática da psicanálise. Freud usava os sonhos como ponto de partida para as investigações dos problemas inconscientes dos pacientes e os via como peças-chave para o processo de livre associação, por lhes despertarem muitas lembranças antigas. Segundo Jung, “a função geral dos sonhos é tentar restabelecer a nossa balança psicológica, produzindo um material onírico que reconstitui, de maneira sutil, o equilíbrio psíquico total (...) Há muitos sonhos, no entanto, cuja natureza e origem não é individual mas sim coletiva. Sobretudo as imagens religiosas (...) A estes elementos, Freud chamava de “resíduos arcaicos”.Mas enquanto os complexos individuais não produzem mais do que singularidades pessoais, os arquétipos criam mitos, religiões e filosofias que influenciam e caracterizam nações e épocas inteiras”.
O mundo da arte sempre esteve repleto de símbolos. A colaboradora de Jung, Aniela Jaffé, no capítulo A pintura moderna como um símbolo do livro de Jung O homem e seus símbolos, vê o artista, do ponto de vista psicológico, consciente ou inconscientemente, como o instrumento e o intérprete do espírito de sua época. Segundo Jaffé, na arte moderna, com sua maior liberdade expressiva, o artista deposita parte de sua psique sobre a matéria. “O objetivo do artista moderno é dar expressão a sua visão interior do homem, ao segundo plano espiritual da vida e do mundo”.  Citando o trabalho de artistas como Kandisky, Picasso, Klee, Pollock, entre outros.
Analisando mais profundamente os trabalhos do pintor Jackson Pollock (1912 -1956), pintados praticamente em estado de não-consciência, em um processo criativo de catarse – termo que já nos propunha Aristóteles – resultando em imagens que beiram o caos e apresentam grande carga emocional, Jaffé afirma “Os quadros de Pollock significam o nada, que é tudo – isto é, o próprio inconsciente. Parecem vir de uma época anterior do aparecimento da consciência do ser; ou parecem, ainda, evocar fantásticas paisagens de uma época em que a consciência e o ser estariam extintos”.
Segundo Fayga Ostrower (1920-2001), importante artista plástica brasileira, cujo pensamento sobre a arte se expressa nos livros Criatividade e Processos de Criação (1978), Universos da Arte (1983), Acasos e Criação Artística (1990), e A Sensibilidade do Intelecto (1998), "é ao nível de valores internalizados que se dá à criação, então o entrelaçamento da arte com a psicologia também se dá a nível do auto-conhecimento, do aprofundamento e conscientização de si.”
Jung vê a questão do processo criativo como uma atividade psicológica, podendo ser apreciada a partir de um ângulo psicológico, assim, seu objetivo é uma explanação sobre o processo de criação da arte e não o objeto da arte em si. “Para fazer justiça a um trabalho de arte a psicologia analítica deve se livrar inteiramente do preconceito médico; por que uma obra de arte não é uma doença e conseqüentemente requer uma aproximação diferente do método clínico (...) De fato, o significado especial de uma obra de arte reside no fato de que ela escapou das limitações da pessoalidade e se colocou além dos limites dos interesses pessoais de sua criação”. Do ponto de vista de Jung, o artista, como ser humano, pode ter intenções, vontade e propósitos pessoais, mas, como artista, ele é o “homem coletivo”, um vínculo com a vida psíquica inconsciente da humanidade. O artista é capaz de, por meio de seu trabalho, levar todos os demais ao estado de participação na vida psíquica do coletivo
A arte é um agente de cura quando permite que o indivíduo entre em contato com seus símbolos, tornando-se a ponte entre o consciente e o inconsciente, individual e coletivo, através da função transcendente, permitindo o processo de reequilíbrio psíquico e o caminho da individuação.
Em 1925, Rudolf Steiner  e Ita Wegmann  prescreem a arte, em especial a pintura, como parte do tratamento médico. No Brasil, em 1923, Osório César, interno do Hospital Juquerí no Rio de Janeiro, começa a desenvolver estudos sobre artes dos alienados. Dois anos mais tarde é criada a escola livre de artes plásticas.
Coube à Dra. Nise da Silveira (1906-1999) introduzir o pensamento e a praxis Junguiana em um contexto terapêutico. Em seu trabalho com esquizofrênicos no Setor de Terapêutica Ocupacional do Centro Psiquiátrico do Rio de Janeiro (atual Hospital Pedro II), Silveira experimenta em seus pacientes os benefícios do trabalho com a arte sob o olhar arquetípico de Jung. “Um dos caminhos menos difíceis que encontrei para o acesso ao mundo interno do esquizofrênico foi dar-lhe a oportunidade de desenhar, pintar ou modelar com toda liberdade. Nas imagens assim configuradas teremos auto-retratos da situação psíquica, imagens muitas vezes fragmentadas, extravagantes, mas que ficam aprisionadas no papel, tela ou barro. Poderemos sempre voltar a estudá-las. Foi observando-os e às imagens que configuravam, que aprendi a respeitá-los como pessoas, e desaprendi muito do que havia aprendido na psiquiatria tradicional. Minha escola foi nesses ateliês”.
Pioneira no campo da psiquiatria brasileira, questiona os métodos e tratamentos psiquiátricos de sua época e acredita em uma nova forma de abordagem das doenças mentais. Para ela, a pintura, o desenho e a modelagem poderiam ser meios de expressão para pacientes impossibilitados pela esquizofrenia de usar a linguagem verbal. Silveira cria o método que um de seus pacientes denomina "a emoção de lidar". Em 1946, inaugura o Museu de Imagens do Inconsciente, transformando o desprestigiado setor de Terapia Ocupacional em um espaço privilegiado para suas pesquisas. Sua pesquisa em terapia ocupacional e o entendimento do processo psiquiátrico através das imagens do inconsciente deram origem, com o passar dos anos, a exibições, filmes, documentários, audiovisuais, cursos, simpósios, publicações e conferências.
Apesar de não adotar o termo arte-terapia, sem sombra de dúvidas, a Dra. Nise da Silveira colaborou para o desenvolvimento desta nova forma de terapia no Brasil.









      Arteterapeuta, o facilitador

A arte, por si só, já oferece recursos de transcendência, atuando à níveis emocionais e afetivos, seja para que a faz, seja para quem a aprecia. Como é o caso da música, da dança, do teatro e das artes visuais.
A maioria dos artistas, através de processos criativos cartárticos, como é o exemplo de Jackson Pollock, citado no capítulo anterior, sempre fizerem, inconscientemente, este uso da arte. O artista, envolvido em seu processo criativo, atinge, à níveis profundos, o inconsciente, e o expressa através de sua obra. Talvez, a principal diferença entre o artista e o resto das pessoas seja o conhecimento de técnicas e materiais artísticos e a disponibilidade, interna ou externa, de encaminhar seu próprio processo criativo, por razões diversas.
Na infância, todos experimentamos o fazer artístico e a imaginação criativa. As crianças adoram dançar, cantar, desenhar, pintar e brincar. Através da arte, da imaginação, dos contos de fada, entram facilmente em contato com o inconsciente, individual e coletivo, experimentando-o sem maiores interferências. No entanto, conforme crescemos, muitas são as barreiras emocionais e sociais, muitas máscaras se erguem, e a maioria de nós acaba por esquecer da própria capacidade criativa.
O papel do arteterapeuta é de auxiliar, de modo sensível, tendo em vista um embasamento teórico e metodológico, no contato entre o cliente e sua própria capacidade criativa, atuando como um facilitador de materiais e técnicas, e, através do olhar e da escuta ateterapeutica, guiando-o através de seu processo criativo individual.  Segundo a arteterapeuta Eveline Carrano, “ Cabe ao arteterapeuta o papel de guia, pois a forma como ele facilita (insere) o indivíduo no processo de criação e a posterior “leitura” de sua obra, vai ser um fator relevante na relação que se desenvolve entre o terapeuta e o cliente, entre este e sua produção plástica (sua arte), sua criatividade e seu estar no mundo“.
Para Philippini, “É tarefa do arteterapeuta construir, manter, cuidar e ampliar espaços acolhedores ao processo criativo para que as subjetividades imagéticas, tenham vez e voz, e, deste modo, cada um possa se reconhecer em sua própria produção expressiva e favorecer a expressão e expansão das atividades criativas de cada cliente, através do convívio terapêutico, o que será facilitado também pela construção e ampliação das próprias vevências criativas do arteterapeuta.”






     O Setting da Arteterapia: Território Sagrado

O setting de arteterapia, ou seja o espaço físico onde acontece o encontro arteterapêutico é de suma importância no processo, pois, quanto mais à vontade se sente o cliente, melhores são os resultados. Segundo Philippini, “o setting arteterapêutico deve contar com uma atmosfera descontraída que, ao mesmo tempo, ofereça segurança e receptividade. Deve ser estimulador da experimentação expressiva, do comportamento criativo, de ousadias e inovações nos modos de ser. Por outro lado, deve conter múltiplos materiais de modo a facilitar, através dessa diversidade, a descoberta de trilhas de acesso ao inconsciente, singulares para cada indivíduo”. O ambiente deve ser agradável com uma atmosfera acolhedora e os materiais acessíveis. A natureza também tem seu papel de importância. Encontros junto à natureza, em pousadas ou fazendas, são extremamente agradáveis e geram ótimos resultados. Nise da Silveira já introduzia, com sucesso, ajudantes como cães e gatos em seu ateliê.
O setting de arteterapia é considerado, tanto por Philippini, como para outros arteterapeutas, como território sagrado: local seguro aonde se dão grandes revelações, desvelam-se segredos, traumas e acontecem grandes transformações emocionais.





     Momentos da Vivência em Arteterapia

           Os encontros arteterapêuticos são normalmente feitos em grupo e podem consistir de diferentes etapas.
A primeira etapa é o relaxamento. Feito através de exercícios de respiração, meditação e imaginação ativa, como uma preleção, uma contação de histórias, um filme, etc. O importante é levar o cliente a relaxar e se emocionar, esquecendo o turbilhão do mundo lá fora e retomando a consciência em si próprio. Este relaxamento é normalmente acompanhado de música e expressão corporal. Para a arteterapeuta Eva Krampen-Koloski, na revista Imagens da Transformação (Pomar) “O arteterapeuta em seu trabalho, favorece um “estado de espírito” que, através do relaxamento do controle, permite uma reunião com um espaço interior. Quando o controle do ego pode ser abandonado, surge um estado relaxado, onde livre associações, movimentos, percepções, não são mais basedaos no funcionamento da lógica ordinária. O experimentador pode abandonar-se, deixar-se absorver, ser um todo com sua experiência e observar em si diversos fenômenos, através de uma auto-percepção diferente. Neste espaço protegido e estruturado, do relaxamento surge outro tipo de concentração no qual a consciência assume um caráter receptivo. O ato criador surge de um estado de centramento, quando a consciência se põe na escuta da totalidade de si. Nesta escuta, os arquétipos são colocados em perspectivas e reorganizados numa nova ordem.
A segunda etapa é a consigna, ou seja, a proposta do trabalho arteterapêutico. Normalmente esta consigna se integra ao relaxamento. Nesta hora são oferecidos os diversos materiais, que dependem da proposta.
A terceira etapa é a execução do trabalho, um mergulho no processo criativo, quando acontece a materialização dos conteúdos simbólicos, que culmina na última etapa.
A etapa final consiste na análise (leitura) desta produção, elaborada pelo próprio cliente, com a ajuda do arteterapeuta. Nesta etapa, o cliente experimenta vários insights e revelações importantes sobre si e sobre o mundo que o cerca.





      Técnicas e Materiais em Arteterapia

São várias as técnicas e materiais empregados na arteterapia. Irão depender da proposta do arteterapeuta. As técnicas aplicadas variam como o desenho, a pintura, a escultura, a modelagem, a colagem, a costura e a construção. No atelier de arteterapia, uma grande variedade de materiais artísticos são utilizados, como lápis pretos e colorido, carvão, giz de cêra, tintas de diversos tipos, anilina, pincéis, papéis, tesouras, sucata, figuras de revista, tecido, argila, massa de modelar, etc. Cabe ao arteterapeuta o emprego, ao seu tempo certo, destas diversas técnicas e materiais. Sobre os quais ele deve ter total domínio.

  




Arteterapia e Auto-estima 

A arteterapia permite ao indivíduo desenvolver suas capacidades criativas e entrar em contato com esferas mais profundas de seu ser e do universo. Conhecendo materiais e explorando os recursos artísticos, desvenda novas experiências de auto-conhecimento, descobrindo seus limites e talentos até então desconhecidos e, conseqüentemente, elevando a auto-estima. A arteterapia auxilia na elaboração e na compreensão dos conflitos existentes, bem como na forma de resolvê-los, estimula a criatividade, e, principalmente, constitui o equilíbrio necessário entre razão e emoção, consciente e inconsciente. Facilita o contato e o desenvolvimento de potencialidades da personalidade, a inteligência emocional, a criatividade, a motivação, a auto-estima e a capacidade de relacionamento, resultando na melhoria da qualidade de vida.












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